domingo, 13 de maio de 2012

Vencedor e herói

Após vencer na pista, um gesto de grandeza. Esta imagem foi tirada durante o dramático incêndio nos boxes da Williams, neste domingo em Barcelona. Pastor Maldonado socorre Manuel, seu primo, que está com uma bota ortopédica em meio à densa fumaça vinda da garagem. É, sem dúvidas, o herói do dia na Espanha.

Em jogo com seis gols, Bahia quebra jejum e volta a conquistar o Baiano

O azul, vermelho e branco volta a reinar na Bahia. O campeão está de volta. Após o mais longo jejum de sua história, o Bahia voltou a soltar o grito de campeão. E do jeito que o torcedor tricolor sempre viu, mas nunca se acostumou. Em um jogo com seis gols, onde o Bahia ficou atrás do placar por duas vezes, o Esquadrão encerrou o jejum de dez anos sem conquistar um título e aumentou a hegemonia sobre o rival para 18 conquistas. São 44 títulos tricolores e 26 rubro-negros.
Um título com sabor de presente de grego. Neste domingo, o Vitória completa 113 anos de existência. E com um toque de coincidência. A última vez que o Bahia levantou uma taça foi no dia 12 de maio de 2002, no Campeonato do Nordeste. Há exatos dez anos, em um dia das mães e na véspera do aniversario do rival. O adversário também foi o Vitória.
Uma conquista que serviu para coroar o melhor Campeonato Baiano do Bahia nos últimos anos. Após o começo oscilante com Joel Santana, o Tricolor embalou com a chegada de Paulo Roberto Falcão. Tanto é que depois de 18 anos depois a equipe foi para a decisão com a vantagem. Melhor campanha da primeira fase, fez nove pontos a mais que o maior rival e termina a competição com o melhor ataque do Baiano.
Com o fim do Baiano, Bahia e Vitória se preparam para o Brasileiro. Mas antes da estreia nas Séries A e B, respectivamente, as equipes têm os primeiros duelos pelas quartas de final da Copa do Brasil. Na quarta-feira o Rubro-Negro enfrenta o Coritiba. No dia seguinte será o dia de o Tricolor jogar contra o Grêmio. Os dois jogos serão em Salvador.
Virada e gosto de clássico
O primeiro tempo começou com a taça nas mãos do Bahia. Com o 0 a 0 no primeiro jogo, o Tricolor dependia apenas de um novo empate para ser campeão. Por isso, o Vitória tratou de tomar a iniciativa em campo. Com o meio formado com três volantes, o time de Paulo Roberto Falcão teve dificuldade na saída de bola e foi surpreendido pelo rival.
 
A formação ofensiva de Ricardo Silva e a aposta nos cruzamentos de Romário, pela lateral direita, surtiram efeito imediado. Logo aos quatro minutos, o lateral levantou a bola na área e Neto Baiano nem precisou de muito esforço para abrir o placar. Vigésimo sexto gol dele no Campeonato Baiano e a taça a caminho da Toca do Leão.
A parte rubro-negra de Pituaçu ainda fazia festa quando Gabriel levantou a bola na área. Ela passou por todo mundo e encontro Fahel livre para dominar e chutar forte no canto direito do goleiro Douglas. Empate em campo e tranquilidade para o Bahia.
Além de ter sofrido o gol de empate, o Vitória levou outro baque logo em seguida. Principal arma ofensiva da equipe, Romário se machucou em uma disputa com Lulinha e deixou o gramado. Como Léo havia sido vetado para a partida, Ricardo Silva teve que improvisar o zagueiro Gabriel Paulista na posição.
Aí o domínio passou a ser tricolor. Em apenas três minutos, Lulinha teve duas oportunidades de virar o placar. Na primeira, completou de letra um cruzamento de Fahel e viu Douglas fazer uma defesa espetacular. Na segunda, avançou sozinho em direção ao goleiro, mas se atrapalhou e mandou a bola para fora.
Quando o jogo se caminhava para o empate no primeiro tempo, falha geral na zaga do Vitória. Gabriel cobrou uma falta da intermediária, Douglas falhou na saída e a bola entrou sem tocar em ninguém. Gol que aflorou os ânimos dentro de campo. Os jogadores do Vitória cercaram o árbitro para reclamar de falta no lance.
A reclamação gerou intenso bate-boca entre os jogadores nos minutos finais do primeiro tempo. Na saída para o intervalo, Neto Baiano e Uelliton se desentenderam com Danny Morais, mas a turma do deixa disso conseguiu evitar que o espetáculo de dentro de campo fosse manchado pela briga fora dele.
Emoção e título tricolor

Na volta para o segundo tempo, Ricardo Silva tirou Marquinhos de campo e colocou Dinei para formar dupla de ataque com Neto Baiano. Mas quem assustou mesmo foi o Bahia. Em boa jogada de Madson pela direita, Souza ficou com a sobra e bateu colocado. A bola, caprichosamente, encontrou a trave de Douglas.
O susto inicial fez com que o Vitória partisse para cima em busca do gol de empate. O que não demorou para acontecer. Em cobrança de escanteio, Diones fez falta dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Neto Baiano fez o 27º dele no Baiano, se igualou a Cláudio Adão e recolocou o Vitória na partida.
Logo depois do gol de empate do Vitória, Douglas se redimiu da falha no segundo gol tricolor. Titi cabeceou com perigo e o goleiro rubro-negro salvou em cima da linha. No contra-ataque, Dinei aproveitou cruzamento de Neto Baiano e virou o placar mais uma vez. Festa da parte vermelha e preta de Pituaçu.
Com o Vitória novamente na frente do placar e a taça a caminho da Toca do Leão, o Bahia teve que voltar a atacar com mais força. E chegou ao empate em um lance bem comum do tricolor. Gabriel levantou a bola na área, Douglas não segurou a cabeçada e Diones mandou para o fundo das redes.
Com o gol, o Bahia voltou a controlar a partida, foi em busca do quarto gol e o clima voltou a esquentar. Pela segunda vez consecutiva, o técnico Falcão abusou das reclamações, foi expulso e teve que acompanhar os últimos minutos da entrada do vestiário.
De lá ele viu Souza desperdiçar duas boas chances de colocar o Bahia na frente do placar mais uma vez. Viu também Marcelo Lomba salvar o Tricolor por duas vezes em apenas um minuto. Lamentou quando Uelliton chutou a bola na barriga de Vander, os dois se desentenderam e foram expulsos. Respirou aliviado quando Pedro Ken recebeu um cruzamento sozinho dentro da área e mandou longe do gol de Marcelo Lomba. Ficou irritado quando Souza foi expulso por ter dado um tapa no rosto de Gabriel e comemorou como nunca quando o árbitro Wilson Seneme apitou o fim da partida. Após longos e angustiantes dez ano, o torcedor do Bahia pôde soltar o grito engasgado de campeão. E a Bahia voltou a ser tricolor.

Santos de Neymar vence, iguala tri de time de Pelé e entra para a história

Quem hoje ouve dos pais e avós relatos sobre o Santos de Pelé terá a obrigação de, no futuro, contar aos filhos e netos histórias do Santos de Neymar. História que ganhou novo capítulo neste 13 de maio de 2012, quando o Santos de Neymar venceu por 4 a 2 o Guarani e conquistou o tricampeonato paulista consecutivo. Feito que ninguém havia sido capaz de alcançar desde o Santos de Pelé, em 1967, 68 e 69.
A equipe pisou o gramado do Morumbi já campeã. Só uma catastrófica derrota por três gols de diferença levaria a decisão para os pênaltis. As pouco mais de 53 mil pessoas na arquibancada já comemoravam. Faltou o churrasco para dar o tom de jogo festivo. Com o Peixe na contagem regressiva para o título e o Bugre descompromissado, a pelada se instaurou no Morumbi.
Início com um gol a cada quatro minutos: Alan Kardec, Fabinho, Neymar e Bruno Mendes. No primeiro quarto do jogo, o placar já mostrava 2 a 2. Outras tantas chances foram desperdiçadas. Espaço de sobra para dribles e arrancadas. Jogo único, motivado por circunstâncias raras. O Guarani na final sem nada a perder e o Santos numa espécie de "relaxamento" antes de decidir vaga na semi da Libertadores contra o Vélez (ARG), em desafio bem mais árduo.
No fim, cada um no seu lugar. O Santos, com o brilho dos craques, no alto do pódio, a taça de seu 20º estadual. E como cresce o acervo do Alvinegro Praiano...  O Guarani, orgulhoso de não estar mais em destaque por atrasos de salário ou risco de perder seu estádio, e sim por uma campanha digna de aplausos. De ter sido o melhor entre os times comuns do estado. Esse Santos não é comum...
O que responderia o técnico Vadão se lhe perguntassem: "O que você prefere? Enfrentar Neymar aceso e dez jogadores apagados, ou o contrário?". Em 45 minutos, o craque voltou a mostrar que pode resolver quase sozinho. Ou melhor, em um minuto...
Seus olhos enxergam mais do que os dos outros. E seus pés são capazes de obedecer o que os olhos vêem e o coração sente. Assim, ele deixou Elano na cara do gol. E Elano deixou Alan Kardec mais do que na cara, quase dentro do gol, para abrir o placar.
Neymar estava aceso. Fez o lateral Bruno Peres deslizar pelo gramado do Morumbi, deixou Kardec novamente em condição de marcar, puxou contra-ataques... E quando Paulo César de Oliveira entendeu como intencional o toque de mão de Fábio Bahia na área, o atacante ignorou a catimba de Domingos e do goleiro Emerson. Manteve a calma, só beijou a bola e atendeu seu pedido: ser colocada no ângulo.
Seus companheiros já pareciam querer antecipar a festa. Rafael soltou bola fácil nos pés do esperto Fabinho, que marcou o primeiro. Elano perdeu a bola, Durval furou e Bruno Mendes empatou de novo. Vacilos fatais contra um Bugre que exalava respeito à sua história e sua torcida. De um time que poderia ter vencido no primeiro tempo. Bruno Mendes e Medina ficaram livres à frente de Rafael, mas o goleiro da Seleção Olímpica se redimiu do erro.
Muricy Ramalho inquieto. Ganso desaparecido. Torcida ainda certa do título, mas à espera da vitória com a qual está tão bem acostumada pela equipe. Assim terminou a etapa inicial.

Segundo tempo com mais cara de final. Equipes desgastadas, precavidas e chances de gol raras. A cada minuto no relógio, o torcedor alargava o sorriso e ensaiava as dancinhas para acompanhar Neymar e companhia na celebração do título. E o Guarani, apesar das ordens de Vadão para avançar, substituia o ímpeto de tentar o milagre de três gols pelo orgulho de voltar a figurar numa final de Campeonato Paulista.
O ritmo de jogo era ditado pelos santistas e a ordem de Muricy Ramalho muito clara: manter a posse de bola, que até então ficara mais com o adversário. Parecia atormentar a cabeça dos bugrinos a impressão de que o último fio de esperança ficou nas chances perdidas dentro da grande área, no primeiro tempo.

Uma semana em três cores: Flu vence mais uma e é campeão carioca

Que semana para o Fluminense! Para o bem: goleada no primeiro jogo da decisão estadual, depois classificação às quartas de final da Libertadores, depois título carioca. E que semana para o Botafogo! Para o mal: derrota no primeiro jogo da decisão estadual, depois eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil, depois perda do título carioca. O time tricolor, com vitória por 1 a 0 neste domingo de chuva, no Engenhão, iluminou um período de júbilo para a equipe de Abel Braga e obscureceu os tempos de trevas para o rival. Pela 31ª vez no Campeonato Carioca, “vence o Fluminense”, como diz o hino do clube.
A vitória por 4 a 1 no primeiro jogo, na semana passada, foi celebrada com mais um triunfo. Rafael Moura, substituto de Fred, lesionado, completou boa jogada de Carlinhos no segundo tempo para deixar certo aquilo que já era provável. O Botafogo atacou mais, criou mais chances, foi mais incisivo, mas não soube fazer o gol. Para os tricolores, foi um título relativamente tranquilo.
O semestre do Fluminense, que já é bom, pode ficar melhor. Na quinta-feira, o campeão carioca encara o Boca Juniors, na Bombonera, no primeiro jogo das quartas de final da Libertadores. Para o Botafogo, resta a preparação para o Campeonato Brasileiro. A estreia é no próximo domingo, contra o São Paulo, de novo no Engenhão.
O Botafogo foi a campo sem aquelas amarras com que os temores por derrota costumam prender o futebol. Afinal, entre pouco perdido e muito perdido, a diferença é mínima. Para quem havia levado 4 a 1 no primeiro jogo, não tinha muito papo para jogar fora: era atacar, fazer o primeiro gol, depois o segundo, depois o terceiro.
A necessidade alvinegra abriu as portas do jogo. Desde o primeiro milésimo de segundo, a partida ficou desenhada com clareza: Botafogo atacando, Fluminense respondendo. Os primeiros minutos foram frenéticos. Mesmo muito desfalcado (Marcelo Mattos, Andrezinho, Antônio Carlos e Lucas não jogaram), o time de Oswaldo de Oliveira soube agredir. Elkeson, de cabeça, mandou para fora. Loco Abreu, de perna direita, perdeu chance clara. E repetiu a dose, assim como Elkeson se repetiria com chutes de longe.
Atacar não era tudo. O Botafogo ainda precisava criar barreiras defensivas contra um time talentoso no ataque. E soube fazer, dentro dos limites impostos por um jogo em que ceder espaços era necessidade. Márcio Azevedo esteve bem na esquerda. Jadson soube cuidar de Deco. Rafael Sobis e seu xará, Moura, foram acossados.
Mas, claro, o Fluminense também teve chances. Rafael Moura perdeu gol quase feito. Anderson, de surpresa, apareceu pela esquerda e tocou para o centroavante, no apogeu da liberdade, sem ninguém em volta, bater colocado. Jefferson caiu bem e defendeu. Chutes de longe de Rafael Sobis e cabeceio de Gum foram outras possibilidades criadas pelos tricolores.
Mas a supremacia esteve com o Botafogo. A posse de bola foi alvinegra: 58% contra 42% na primeira etapa. O time de Oswaldo finalizou o dobro que seu adversário: seis contra três. E usou muito mais as jogadas de linha de fundo: quatro contra uma. Como reflexo, o Fluminense teve três contra-ataques, e o oponente, apenas um.
O jogo também teve lances polêmicos. As duas equipes pediram pênaltis. O Fluminense reclamou de falta de Gabriel em Rafael Sobis, e o Botafogo gritou por toque de mão de Gum. Os tricolores ainda lamentaram perder Deco. Com lesão muscular, o meia foi substituído por Wagner ainda na etapa inicial e preocupa para o jogo contra o Boca.
 
O fim aos 17 minutos
Até os 17 minutos do segundo tempo, até aquele instante decisivo em que a bola foi dividida por duas chuteiras, ambas tricolores, e entrou no gol de Jefferson, o Botafogo havia criado três chances de gol. Todas em vão. Com Herrera no lugar de Elkeson, a ideia era criar um time ainda mais agudo. De onde pouco se esperava, pouco nasceu. O argentino teve um chute fraco, de longe, antecedido por pancada na trave de Márcio Azevedo e por conclusão pouco ameaçadora de Fellype Gabriel.
Mas houve o lance dos 17 minutos. Houve aquele momento decisivo. Carlinhos, pela esquerda, mandou uma pancada na direção da pequena área. Ali, duas chuteiras, aquelas duas tricolores, disputaram a bola. E ambas se deram bem. Um pouco por causa de Thiago Neves, outro tanto por causa de Rafael Moura, o Fluminense fez o gol. Gol de centroavante. Gol de título.
O Botafogo precisava de quatro gols em 30 minutos para ser campeão. Impossível. A entrada de Vitinho no lugar de Loco Abreu foi um último gesto de quem esperava um milagre que santo nenhum poderia atender.
O Fluminense cozinhou o jogo. Chances se tornaram artigo raro para o Botafogo, que ainda perdeu Maicosuel, expulso após levar o segundo amarelo. Abel Braga mandou a campo seu filho, Fábio, pela primeira vez campeão como profissional. E viu seu time criar mais alternativas do que o rival.
A torcida tricolor teve tempo de sobra para comemorar no Engenhão, casa do rival. Gritou que é campeã. Entoou "olés". Direito dela. Que semana para o Fluminense!
As comemorações pela vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha deste domingo, a primeira da Williams desde 2004, foram interrompidas precocemente em razão de uma explosão seguida de incêndio na garagem da escuderia no Circuito da Catalunha. Em comunicado oficial, a Federação Internacional de Automobilismo informou que 31 pessoas foram encaminhadas ao centro médico do circuito, sendo 24 liberadas e sete trasferidas para hospitais locais, onde recebem tratamento.
A explosão ocorreu em um tanque de combustível atrás do boxe da equipe. O mecânico que realizava a operação sofreu queimaduras, intoxicação por fumaça e teve o braço quebrado. Ele foi levado ao centro médico do autódromo e depois transferido de helicóptero para o hospital Valle de Hebron, em Barcelona.
O incêndio aconteceu 1h30 após a corrida e foi controlado em poucos minutos pelos bombeiros e membros das equipes Williams, Force India e Caterham. Até o vencedor Maldonado participou do resgaste e socorreu nas costas o primo Manuel, que estava com a perna imobilizada (veja a foto no Blog Voando Baixo).  Uma densa fumaça tomou conta do local. O pitlane foi evacuado pelos fiscais de pista e os funcionários da imprensa foram movidos para a outra ponta do paddock.
Segundo a Williams, quatro funcionários precisaram receber atendimento médico e um deles foi liberado. A Force India e a Caterham também confirmaram que tiveram mecânicos atendidos por causa do incêndio.
No momento do acidente, membros da Williams estavam reunidos na garagem da equipe comemorando o resultado na prova e o fundador e chefe da equipe, Sir Frank Williams se preparava para fazer um discurso. Houve tumulto e o dirigente foi removido rapidamente em sua cadeira de rodas. Os prejuízos ainda não foram contabilizados. As causas do incêndio estão sendo investigadas.
Após marcar sua primeira pole no sábado, herdada com a punição de Lewis Hamilton, o venezuelano Maldonado segurou a pressão do piloto da casa, o espanhol Fernando Alonso e conquistou sua primeira vitória na carreira. Aos 27 anos, Maldonado levou seu país pela primeira vez ao alto do pódio e conduziu a tradicional Williams de volta aos dias de glória, justamente no fim de semana em que a equipe celebrou os 70 anos de seu fundador, Sir Frank Williams. A última vitória da escuderia de Grove tinha sido há quase oito anos, por coincidência com outro sul-americano, o colombiano Juan Pablo Montoya, no GP do Brasil, em outubro de 2004.

CR7 marca um, Real vence e alcança pontuação centenária na Espanha

Após garantir o título do Campeonato Espanhol com duas rodadas de antecedência, o Real Madrid traçou mais um objetivo na competição: atingir 100 pontos na tabela final de classificação. E neste domingo, no Santiago Bernabéu, em jogo válido pela última rodada, os comandados de José Mourinho golearam o Mallorca por 4 a 1, conquistaram a meta traçada pela comissão técnica e se tornaram a primeira equipe a atingir tal feito em competições nacion.

Mesmo sem ter ficado com a artilharia, Cristiano Ronaldo quebrou mais um recorde na Espanha. Com o tento sobre o Mallorca, CR7 alcançou o feito de ter marcado gols em todas as equipes que participaram da Série A na temporada 2011/2012.
E foi justamente CR7 quem abriu o marcador para o Real Madrid. Aos 19, Marcelo cruzou da esquerda e o português subiu mais do que os defensores para abrir o marcador. Quatro minutos depois, Benzema recebeu ótimo passe de Higuaín e fez 2 a 0. Com o resultado, a festa tomou conta das arquibancadas do Santiago Bernabéu.

A presença do público no estádio também foi um capítulo à parte na despedida do Real da competição. Além do belo mosaico durante a entrada dos jogadores merengues em campo, os torcedores atenderam aos pedidos de comparecer ao estádio com a camisa branca, o uniforme número um do time da capital.
Na volta para o segundo tempo, o Real não diminuiu o ritmo e logo aos quatro, Özil fez o terceiro. Três minutos depois, Castro diminuiu para o Mallorca. Nada que deixasse os merengues preocupados. Não demorou para o time de Mourinho balançar a rede mais uma vez. Aos 13, o alemão fez o seu segundo tento e decretou a goleada: 4 a 1. 
A partir daí, o Real Madrid passou a desperdiçar várias oportunidades de ampliar a goleada. Özil, CR7, Benzema... Todos perderam chances de aumentar ainda mais o placar a favor dos merengues. Nada que atrapalhasse a festa no Santiago Bernabéu. No fim do duelo, os jogadores merengues finalmente tiveram a oportunidade de erguer o troféu de campeão espanhol.

Mais na Europa com 20 clubes. Os gols foram marcados por Cristiano Ronaldo, Benzema e Özil (2). Castro descontou para os visitantes.
Com o empate do Barcelona por 2 a 2 com o Bétis, no último sábado, o Real Madrid encerrou o campeonato com nove pontos de vantagem para o rival. Por outro lado, na briga pela artilharia da competição, o astro culé Lionel Messi levou a melhor sobre Cristiano Ronaldo. O argentino marcou 50 gols contra 46 do português.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Bahia vence Portuguesa e enfrenta o Grêmio nas quartas da Copa do Brasil

Fabinho foi o autor do primeiro gol Bahia contra a Portuguesa.


Pela quinta vez na história da Copa do Brasil, o Bahia está nas quartas de final da competição. O Tricolor não repetiu uma daquelas exibições do início da era Paulo Roberto Falcão, mas fez o suficiente para derrotar a Portuguesa por 2 a 0, no estádio de Pituaçu, e garantir a classificação. Na próxima fase a equipe baiana vai enfrentar o Grêmio. O primeiro jogo será na próxima semana em Salvador.
Apesar do pensamento dividido entre a luta nas oitavas de final e a decisão do Campeonato Baiano, Falcão voltou a escalar um time ofensivo. Do lado da Portuguesa, o jogo era encarado como a chance de redenção no semestre, já que o time foi rebaixado no Campeonato Paulista.
O primeiro jogo, no Canindé, terminou empatado em 0 a 0. Por isso, a vitória era a única alternativa para o Bahia. Com o tirunfo, o Tricolor chega com moral para a decisão do estadual. Sem conquistar o título há dez anos, o Bahia joga por um empate, no domingo, contra o Vitória, para encerrar o jejum. Já a Portuguesa, que nunca passou das oitavas de final da Copa do Brasil, só volta a jogar na estreia da Série A do Campeonato Brasileiro, no dia 19, contra o Palmeiras.

Bola parada faz a diferença
Como o empate em 0 a 0 não servia para ninguém, os dois times iniciaram em busca do gol. Apesar da movimentação inicial, os dois ataques não conseguiam assustar os goleiros.
Sem muita criatividade do meio de campo e com os erros nas finalizações, o Bahia conseguiu o diferencial em um dos seus pontos fortes nesta temporada. Gabriel cobra escanteio, a marcação fica de olho no zagueiro Rafael Donato e Fabinho, sozinho, não precisa nem pular para mandar a bola para o fundo das redes.
- Foi uma jogada treinada, temos de estar atentos. Eu estava no momento certo, na hora certa – comentou o volante.
Após o gol, o Bahia se segurou em campo e a Portuguesa cresceu. O time paulista explorou bem os erros da zaga Tricolor, mas não conseguiu ter eficiência. Aos poucos o time de Falcão reequilibrou o jogo e teve até a chance de ampliar, mas na frente do goleiro Wéverton, Titi tentou a cavadinha e desperdiçou a oportunidade.

Com o placar adverso, a Portuguesa voltou para o segundo tempo com o pensamento ofensivo. O time paulista até que criou algumas oportunidades, mas voltou a pecar nas finalizações. Boquita e Henrique desperdiçaram chances nos dois primeiros minutos.
Após o susto inicial, o Bahia conseguiu equilibrar a partida, mas sem se expor muito em campo. Aos 13 minutos, em cobrança de falta de Gabriel, Titi desviou na primeira trave. Donato, na dividida com Raí, tentou chegar na bola e caiu na área. Os jogadores pediram pênalti, mas o árbitro Héber Roberto Lopes mandou o jogo seguir.
Pouco tempo depois a Portuguesa voltou a assustar. Aproveitando os erros de passe do Bahia, Luís Ricardo cruzou para a área e Ananias cabeceou. Imóvel, Marcelo Lomba acompanhou a bola passar perto de sua trave.
A angústia do Bahia acabou quando Júnior aproveitou um vacilo da zaga da Lusa, nas divididas com Rogério e Renato, e mandou de cobertura para fazer o segundo gol da partida.
Com a vantagem no placar, Falcão passou a pensar na decisão do próximo domingo. O treinador tirou Titi e Gabriel de campo para as entradas de Danny Morais e Magno. Pouco tempo depois, Rogério recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.
O Bahia chegou a fazer o terceiro com Vander, mas o auxiliar marcou impedimento. Nos minutos finais, o Tricolor tocou mais a bola e ainda criou novas oportunidades, mas abusou do preciosismo. Sem forças, a Portuguesa não conseguiu reagir e amargou a eliminação na Copa do Brasil.

Com 'sangue nos olhos', Santos se vinga humilhando o Bolívar na Vila e ganha por 8 x 0


"Aqui, en Vila Belmiro, la respuesta está dentro de campo". A frase, em portunhol legítimo, estampava uma faixa exibida por torcedores santistas. Era um recado aos jogadores e aos torcedores do Bolívar. Na partida de ida, em La Paz, além da altitude de 3.660 metros acima do nível do mar, o Peixe teve de lutar contra a violência dos adversários em campo e o vandalismo de torcedores, que atiravam objetos no gramado - Neymar, que era um "desconhecido" para o técnico do Bolívar, chegou a ser atingido no rosto. Resultado: Bolívar, 2 a 1.
A vingança veio nesta quinta-feira. E em forma de massacre. Com "sangue nos olhos", Neymar, Ganso & Cia massacraram o fraquíssimo time boliviano: 8 a 0. O resultado é a sexta maior goleada da história da Libertadores - a maior é um 12 a 1 do Peñarol-URU sobre o Valencia-VEN, em 1970. O Peixe ficou a um gol de superar seu maior placar na competição - um 9 a 1 sobre o Cerro Porteño-PAR, em 1962.
O Santos agora encara um adversário bem mais difícil nas quartas de final da Libertadores: o Vélez Sarsfield, da Argentina. Quem passar pega o vencedor de Corinthians e Vasco nas semifinais.
Embalado pela goleada na Libertadores, o Santos agora se volta para a decisão do Campeonato Paulista. A vantagem é enorme: com os 3 a 0 sobre o Guarani no primeiro jogo, o time de Muricy Ramalho pode até perder por dois de diferença no domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, que chega ao tri consecutivo.




Com "sangue nos olhos", Santos massacra
Foi seguramente um dos maiores massacres da história da Libertadores dentro de uma só etapa. Sem tomar conhecimento do Bolívar, o Santos atropelou. Claramente motivado pelos episódios ocorridos no jogo de La Paz, o time de Neymar, Ganso & Cia. parecia querer provar: guerra se combate na bola. E desde o primeiro minuto foi essa a atitude do Peixe.
Minutos antes de a bola rolar, Robinho enviou mensagem surpresa a Neymar. Por meio do telão da Vila Belmiro, o Rei das Pedaladas pediu para o camisa 11 arrebentar e marcar três gols. Também disse que o amava. Da Itália, o ídolo do Alvinegro certamente não esperava que todo o time levaria suas palavras tão ao pé da letra.
 A tradicional "pegada de Libertadores" era nítida. A missão era bem clara: golear o adversário a qualquer custo. Logo aos cinco minutos, o agraciado foi Elano. Atrás de um gol há tempos, o camisa 8, enfim, desencantou. Do jeito que gosta, recebeu passe de cabeça de Neymar e soltou o pé de fora da área. Sem a altitude de 3.660 metros, o goleiro Arguello parece ter sido confundido com a curva da bola, que morreu nas redes. Na comemoração, Elano ajoelhou no gramado com as caneleiras nas mãos, em homenagem às filhas Maria Clara e Maria Tereza, cujos nomes estão gravados no objeto.
Empurrado por uma Vila Belmiro lotada, o Peixe ligou o rolo compressor. Atordoado, o Bolívar até chegou a tentar finalização de fora da área com Cardozo, sem sucesso. Nada importava ao Santos, a não ser massacrar o adversário. A bela linha de passe tramada por Ganso, Adriano, Alan Kardec e Henrique era prenúncio do que viria pela frente. No escanteio seguinte ao lance, veio o pênalti em Edu Dracena. Neymar deslocou o goleiro, se isolou como maior artilheiro pós Pelé, com 105 gols, e "reverenciou" todos os torcedores na comemoração.
Dos 21 minutos, tempo em que Neymar ampliou o marcador, até os 36, o Santos fez mais três. O terceiro deles, porém, deve ganhar placa do presidente Luis Alvaro Ribeiro. Pela esquerda, o craque cruzou rasteiro para Ganso ajeitar o corpo e, de letra, matar Arguello. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.
Nem bem deu a saída de bola e o Bolívar já sofria outro gol. Alan Kardec dominou na intermediária, avançou e bateu cruzado de fora da área, sem chances para Arguello. Quando parecia que o massacre já havia terminado, Neymar novamente deu o ar da graça. Pela esquerda, ele achou espaço na defesa do Bolívar, invadiu a área e só deu um leve tapa de direita, definindo os 5 a 0 no primeiro tempo.



Parecia que tinha acabado, mas ainda cabia muito mais

Os 15 minutos do intervalo poderiam esfriar o Santos na Vila Belmiro. Era por isso que o Bolívar torcia, mas tal fato esteve longe de acontecer. Incansável, o Peixe queria mais. Nem mesmo o som do "olé" entoado pelos santistas na primeira etapa relaxou a equipe. Entre pontapés dos bolivianos e lindas jogadas de efeito de Neymar e Ganso - por conta de cotoveladas, o meia teve de usar um algodão no nariz durante a partida -, o Santos continuava dando show.
Endiabrado, Neymar seguiu como protagonista. Mas em vez de artilheiro, assumiu papel de garçom. Em mais uma bela jogada pela esquerda, o atacante achou Elano. Com um lindo drible de corpo, lembrando o mesmo movimento executado por Diego, ex-Santos e atual Atlético de Madrid, contra o São Paulo em 2002, o meia tirou o zagueiro da jogada e só deslocou o goleiro: 6 a 0.
Se o Peixe jogava por música, a orquestra tinha de ter mais gols do Maestro. E de tanto treinar, Ganso acertou gol de falta. Desta vez, com bela contribuição de Arguello, que espalmou a bola para dentro, aos sete minutos. Àquela altura, tudo já era festa para a torcida do Santos. Com o placar garantido, Muricy Ramalho promoveu alterações. Alan Kardec deu lugar a Borges e Arouca foi substituído por Ibson.
E em mais outra boa jogada pela esquerda de Neymar, o Santos chegou ao oitavo. O craque gingou na frente dos adversários e rolou para Ganso na entrada da área. De primeira, o camisa 10 deixou Borges totalmente à vontade para finalizar e ampliar.
Mesmo com 8 a 0 no placar, nenhum torcedor boliviano tirou o pé da Vila Belmiro. A motivação era por um gol de honra da equipe celeste. Nos poucos lances de perigo criados pelo Bolívar na etapa final, eles ainda vibravam, mas não puderam comemorar nada. Rafael pegou tudo. Com tudo o que tem direito, incluindo olé, o Santos se garantiu com moral nas quartas de final da Libertadores.

Gol de Nilton ajuda a classificar o Vasco e pagar promessa com filha

                          Jogadores cruz-maltinos comemoram o gol de Nilton diante do Lanús.

 O técnico Cristóvão Borges decidiu mudar a escalação do Vasco e surpreendeu ao escolher Nilton para entrar no lugar de Felipe diante do Lanús-ARG, no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. E a mudança deu certo. Além de ajudar na marcação, o volante ainda foi o autor do gol cruz-maltino que fez com que a disputa da vaga fosse para os pênaltis, onde o time garantiu a permanência na competição (assista aos melhores momentos da partida). O jogador vibrou muito com seu tiro certeiro, não só pela importância do arremate, mas também porque pagava uma promessa antiga. Desde que a filha nasceu, o atleta prometeu que balançaria a rede em sua homenagem. Mas estava difícil de isso acontecer.
Giovana está com um ano de idade, e a promessa já tinha virado motivo de piada até para o volante. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Nilton brincou com a situação constrangedora que passava em casa.
- Tenho que marcar logo. Daqui a pouco ela está na faculdade e ainda não ganhou o gol (risos) - disse.
 Realmente, demorou, mas não tanto. E, mesmo demorando todo esse tempo, o volante não esqueceu do que havia prometido. Em entrevista na saída de campo, dedicou o gol à filha e também à esposa Karen, que teve que esperar pacientemente o marido pagar a promessa.
- Espero que as duas estejam em casa acordadas para eu poder ligar e falar com elas. Já estou morrendo de saudade e quero poder ouvir a voz das duas agora. Passou um filme pela cabeça na hora, lembrei do tempo todo em que eu fiquei parado no ano passado. Foi muito emocionante.
Nilton revelou que ficou sabendo apenas horas antes do jogo que tinha sido escolhido para começar a partida. O nervosismo foi inevitável.
- O Cristóvão falou comigo no hotel mesmo. A partir disso, fiquei totalmente focado. Queria entrar em campo e fazer uma grande partida, ajudar o time a se classificar. Graças e Deus, deu tudo certo.
O Vasco chega ao Rio na tarde desta quinta-feira, e os jogadores estão liberados. Nesta sexta, se reapresentam em São Januário para fazer um trabalho regenerativo e começar os treinamentos para encarar o Corinthians nas quartas de final da Libertadores.

Fla caminha a passos lentos para ganhar dinheiro com Ronaldinho

                                   Flamengo ainda não conseguiu lucrar com Ronaldinho.
 
Ao anunciar o rompimento com a Traffic, em fevereiro, a presidente Patricia Amorim alegou que os gastos mensais de R$ 1,25 milhão com Ronaldinho Gaúcho seriam compensados com o uso da imagem do jogador. Três meses se passaram e nenhuma ação de marketing, novo produto ou participação do jogador em eventos do clube foi concretizada. Irmão e empresário do camisa 10, Roberto Assis admite que o processo é complicado; pelo lado do Rubro-Negro, o discurso segue banhado de otimismo e projeções, mas, na prática, pouca coisa acontece.
Hoje, existe um contrato entre Ronaldo e Flamengo. Há três, quatro meses que assinamos. Já tem uma série de contratos de licenciamento de produtos. Existe uma demanda grande pela marca Flamengo e Ronaldo. Para fazer as ações, precisa ter uma equipe comercial que faça venda. Depois do rompimento do Flamengo com a Traffic, voltamos à estaca zero – afirmou Assis.
No ano passado, o primeiro produto lançado foi um boneco em miniatura de Ronaldinho, que só começou a ser vendido em setembro, nove meses depois do acerto com o jogador. Até fevereiro da atual temporada, um memorando sustentava a parceria entre Flamengo e Traffic desde a chegada do camisa 10. Quando sentaram para assinar o contrato, a empresa quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor e esbarrou em resistências do clube, principalmente do departamento de marketing. Isso explica a demora para chegar a um acordo.
Com a saída da Traffic, seguem as conversas, planos no papel, mas sem produtos nas prateleiras para o torcedor nem a imagem de Ronaldinho sendo usada para expor a marca do Flamengo.
Teve atraso em coisas do Ronaldo. O modelo anterior era dividido em três partes: Ronaldo, a Traffic e o Flamengo para fechar qualquer tipo de parceria ou produto. Hoje, ficou mais fácil, só Flamengo e Ronaldo. Já tínhamos fechado produtos anteriores, o bonequinho está à venda, mochila, boné, toalhas. Mas não pode dizer assim: está dada a largada e o produto está no mercado. Os processos de produção e a maneira de chegar ao mercado são diferenciados – justificou o vice-presidente de marketing do Flamengo, Henrique Brandão.
A ideia do clube é, além de licenciar produtos, usar a imagem de Ronaldinho em eventos do clube.
- As coisas com o Ronaldo estão acontecendo aos poucos. Em 2011, foi um ano baseado em licenciamentos, mas muito pouco licenciamento porque o entendimento da Traffic em relação ao Flamengo era diferente do nosso em termos de valores de mercado, garantias mínimas, o que impediu que alguns produtos fossem lançados. Estamos abrindo o ano de 2012, já fizemos uma apresentação a Ronaldo e Assis de uma linha de quatro ou cinco produtos que possam explorar a imagem do Ronaldo de outra forma, pois ela não pode se limitar a produtos licenciados. É o que nós explicamos e eles entenderam. Não se fica rico com licenciamentos, é uma forma de aproximação do ídolo com a torcida. Estamos em fase de contrato para que possamos lançar – explicou o diretor de marketing rubro-negro, Marcus Duarte.
Mas toda e qualquer intenção ou ação do clube precisa do aval de Assis e Ronaldo. Evidentemente, eu não posso vender o Ronaldo sozinho – afirmou Henrique Brandão.
Assis destaca que o jogador fez novas parcerias com outras empresas sem a participação do Flamengo:
- O marketing do Flamengo teve de se estruturar para poder fazer o que a Traffic fazia, que era a venda de atributos. A Traffic pagava um valor mensal para negociar. Só não conseguiu porque não existia um contrato assinado. Era uma situação complexa. Na hora de falar com grandes marcas, grandes empresas, esbarrava nisso. Um contrato definitivo nunca foi assinado. Existia a parceria de receita em todos os produtos, mas ficou difícil, inviável. Como não tinha um contrato, até mesmo para o patrocínio principal não sabia se poderia contratar. Ficamos com pendências. O Ronaldo chegou a fazer ações com algumas empresas, mas o Flamengo, não.
Apesar dos passos lentos, o empresário ainda acredita que a parceria caminhe. E diz que a má fase do time e o ano eleitoral no clube prejudicam:
- Já foram assinados vários contratos, pelo menos 15 produtos devem estar na rua a partir de junho, produtos licenciados. Essa é a nossa expectativa. Só que leva um tempo de produção, de logística para colocar nos pontos de venda. Não tem como fazer isso antes de seis meses. Leva tempo, é um momento conturbado. Os resultados em campo e o processo eleitoral atrapalham.


Serena bate Wozniacki e vai encarar Sharapova nas quartas em Madri

              Serena Williams foi mais agressiva e precisa do que Wozniacki nesta quinta-feira.
 
As estatísticas do jogo mostraram bem a superioridade de Serena a partir do segundo set. Enquanto Wozniacki somou 17 winners e 17 erros não forçados, Serena computou 43 e 26, respectivamente. A americana também foi melhor no saque, com seis aces - o dobro da rival - e 78% dos pontos vencidos com o primeiro serviço (contra 61% da dinamarquesa).
Classificada para as quartas de final em Madri, Serena vai enfrentar a atual número 2 do mundo, Maria Sharapova. A russa nem precisou entrar em quadra nesta quinta-feira. Sua adversária, a tcheca Lucie Safarova (23 do mundo), sentiu uma lesão e cedeu a vitória por WO.

Nova atração no futebol de areia, Dida ainda pretende voltar a jogar

                                         Dida volta ao Milan, agora no futebol de areia.

Após dez anos atuando pelo Milan, Dida está de volta à equipe italiana. Mas, desta vez, o goleiro brasileiro tem uma nova missão: defender, sem luvas, a meta da equipe no II Mundialito de futebol de areia. A competição será disputada do dia 12 a 19 de maio, na Arena Guarapiranga, em São Paulo, com transmissão da TV Globo.
Afastado dos gramados desde 2010, quando encerrou o vínculo com o clube rossonero, o veterano de 38 anos aceitou o convite para competir onde não é exatamente a sua praia, mas ainda tem esperança de voltar a jogar profissionalmente. O goleiro campeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa de 2002 disse que aguardou por propostas da Europa, mas não houve alguma que lhe chamasse a atenção.
- Eu fiquei treinando na Itália tentando encontrar uma equipe na Europa para mim, só que não consegui arranjar alguma que me interessasse. Minha vontade era ir para a Inglaterra, mas não pude porque sou extracomunitário. Resolvi voltar para o Brasil e tocar minha vida aqui. Estou morando em Belo Horizonte. Eu espero, quem sabe, ainda continuar jogando. Isto depende da proposta que aparecer. Se não, irei permanecer ao lado da minha família. Neste momento que estou parado, fico sempre com eles e isso está sendo importante também.
Mesmo com um currículo campeão, o goleiro disse que não houve qualquer proposta de clubes do Brasil para contar com seu futebol.
- Não houve proposta desde o momento que eu voltei da Itália. Houve alguns contatos só, mas proposta nenhuma.
  
                                                         Convite de última hora.
                                                     

Dida afirmou que seu bom relacionamento com o Milan lhe deu a oportunidade de estrear no futebol de areia.
- O convite surgiu semana passada, praticamente de última hora. Eu conheço o pessoal do Milan, tenho grandes amizades ainda. Eles têm um time chamado Milan Gloria, que faz vários jogos beneficentes pelo mundo. Acredito que esse contato possibilitou a minha vinda pra cá. Vim representar o time e valorizar ainda mais o evento. Quero estar junto com os companheiros e, quem sabe, até jogar. Poder atuar no gol e defender um pouco na areia.
Principante no futebol de areia, Dida analisou as diferenças entre jogar na grama e na praia.
- A diferença é muito grande. As dimensões são outras, a trave também. Não é grama. A dificuldade existe, sim. Principalmente para o goleiro que é bastante usado. Utiliza muito as mãos para lançar. Tem que estar 100% ligado no jogo. Tem que recolocar a bola recuada o mais rápido possível. Tem bastante diferença em relação ao campo.

Empolgado com a nova experiência, o goleiro não descarta continuar atuando na areia também.
- Eu não sei. A princípio, é de aprendizado. Eu não esperava atuar neste esporte, vir para o futebol de areia. Espero, pelo menos, que este início seja importante. Quem sabe, futuramente, em eventos assim, eu possa novamente atuar.
Contemporâneo de Dida no time rubro-negro e consultor do clube atualmente, o ex-lateral Serginho comentou que a presença de Dida alavancou o marketing do evento e do time.
- A gente tinha a possibilidade de pegar um visitante. Um atleta que poderia trazer um pouco de marketing para dentro do campeonato e dar mais visibilidade. O nome do Dida é fortíssimo. Hoje, a notícia que ele está participando no gol do Milan girou o mundo inteiro. Saiu em site da Itália, na Espanha. A intenção nossa era crescer junto com esse marketing. Poder dar visibilidade, não só a ele, como ao próprio Milan, e poder colaborar com o pessoal que está organizando o campeonato.
Acompanhando a delegação italiana durante o Mundialito, Serginho analisou o desempenho de Dida nos primeiros treinos na nova modalidade.
- Ele está tendo dificuldade porque é um esporte completamente diferente do futebol de campo, mas ele está gostando. É legal a experiência que ele está passando, está se dedicando para aprender. O espaço é curto, mas ele está tendo uma adaptação boa.

sábado, 5 de maio de 2012

Bruno pode deixar cadeia em 3 semanas e se apresentar ao Fla, diz advogado do goleiro

O advogado do goleiro Bruno, Rui Pimenta, promete que irá fazer com que o jogador se apresente ao Flamengo um dia depois de ser libertado, caso consiga um habeas corpus para deixar a cadeia. E, de acordo com o advogado, isto pode acontecer em breve. Rui Pimenta afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar em até três semanas o pedido de habeas corpus para que Bruno aguarde em casa o julgamento sobre a sua participação na morte da ex-amante Eliza Samudio.
"Não tenho dúvida de que seu recurso em habeas corpus será concedido pelo Supremo Tribunal Federal", diz Rui Pimenta. “No dia seguinte à libertação,  vou reapresentá-lo ao Flamengo para que seja reintegrado ao time”, promete o advogado.
A promessa de reintegrar Bruno ao Flamengo tem sustentação jurídica, segundo Rui Pimenta. “O goleiro teve o contrato suspenso (e não rescindido) pelo Flamengo, após a prisão, há dois anos. Quero apresentá-lo para fazer valer as leis trabalhistas. Ele ainda tem contrato com o clube e deverá aguardar o julgamento em liberdade, seguindo o que determina a lei”.
A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, não foi encontrada para comentar a possibilidade de voltar a ter Bruno no clube, após o julgamento do habeas corpus pelos ministros do STF.
Falando pelo clube, a assessora Roberta Pinto confirmou que o contrato de Bruno está suspenso “porque o goleiro estava impossibilitado de cumpri-lo. Se for solto, falaremos diante de nova realidade”, explicou a assessora.
Bruno é acusado de ter participado de sequestro, assassinato e ocultação do cadáver da ex-amante, Eliza Samudio, com quem teve um filho. Desaparecida em 2010, o corpo de Samudio até hoje não foi encontrado. O crime, segundo a Justiça, ocorreu no dia 10 de junho de 2010.
Das dez pessoas envolvidas, outras cinco também foram denunciadas pela Justiça de Minas Gerais, na Comarca de Contagem, por homicídio triplamente qualificado. A pena máxima pode chegar a 30 anos de reclusão.
Dos denunciados, apenas Bruno, o amigo Macarrão (Luis Henrique Romão) e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, permanecem presos, desde 2010. Os demais aguardam o julgamento em liberdade.
“Bruno é primário, tem bons antecedentes e não apresenta risco de fugir para outro país. Essas condições são fundamentais para que ele aguarde o júri em liberdade. A lei diz isso, eu peço em nome da lei”, explicou o advogado Pimenta.
Para mudar o rumo do processo, o advogado entregou o passaporte de Bruno ao STF, junto com o certificado de vacinas. “Alguns países não aceitam turistas sem certificado de vacina”, disse o advogado.
O recurso (agravo de decisão) que pode libertar Bruno deve ser julgado pelo STF em até três semanas. Enquanto aguarda o momento da decisão, o advogado revela “um sonho com final feliz, envolvendo o goleiro do Flamengo”.
“Ele será julgado separadamente e acredito que possa ser até absolvido pelo Tribunal do Júri, porque não mandou matar Eliza. Sonho com sua absolvição e que, livre do problema, possa continuar sua carreira e até vestir a camisa da seleção brasileira, em 2014.”

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Real Madrid ignora pressão, vence Bilbao e leva título por antecipação

O Athletic Bilbao prometia fazer de "La Catedral" um caldeirão nesta quarta-feira. A torcida, convicta de que seria um 12º jogador, até seguiu o script. Mas em campo é preciso muito mais do que vaias e canções empolgantes para superar uma equipe que foi derrotada apenas cinco vezes em toda a temporada. Esse é o Real Madrid,
O clube catalão, por sinal, não pode mais alcançar o arquirrival mesmo depois de golear o Málaga, por 4 a 1, no Camp Nou, por somente restarem duas rodadas. A diferença entre ambos é de sete pontos (94 a 87) e, por mais que vença no confronto direto (fez 3 a 1 no Santiago Bernabéu e sofreu 2 a 1 no Camp Nou), dependia de um tropeço ainda nesta quarta para seguir vivo na luta pelo tetracampeonato.
Além de quebrar a hegemonia do time comandado por Josep Guardiola, José Mourinho conseguiu o seu primeiro Espanhol, alcançando desta forma o sétimo troféu de campeonato em quatro países diferentes, um fato inédito - ele coleciona dois títulos no Porto (2002/03 e 2003/04), no Chelsea (2004/05 e 2005/06) e no Internazionale de Milão (2008/09 e 2009/10). No Real, o treinador já havia conquistado a Copa do Rei na última temporada.

Meio caminho andado
Não chegou a ser uma blitz, mas o Real Madrid impôs um forte ritmo para abrir ótima vantagem ainda na primeira metade da etapa inicial. Aos 11, Sergio Ramos cabeceou a bola após escanteio e viu Javi Martínez cortar com as mãos. Pênalti que Cristiano Ronaldo perdeu até com certa displicência. Iraizoz fez a defesa no meio do gol.

A excelente oportunidade desperdiçada esteve longe de abalar os visitantes. Pouco depois, aos 15, o placar foi aberto com Higuaín. O argentino, surpresa na escalação, acertou um chutaço de fora da área em contra-ataque puxado por Cristiano Ronaldo e Özil. Era o trio que ditava o ritmo do Real. Aos 19, o coadjuvante Xabi Alonso descolou ótimo lançamento para Cristiano Ronaldo que, da direita, cruzou na medida para Özil completar: 2 a 0 e meio caminho andado.
  O Bilbao não estava morto, longe disso. Não à toa o time de Marcelo Bielsa é finalista da Liga Europa - fará a decisão contra o Atlético de Madri, no próximo dia 9, em Bucareste. Mas não pôde medir forças com o semifinalista da Liga dos Campeões, que ainda não tinha o argentino Di María, suspenso - os brasileiros Marcelo e Kaká começaram novamente no banco de reservas.
Se Casillas pouco trabalhava - ainda contou com a ajuda da trave duas vezes -, Iraizoz era o responsável por evitar um placar dilatado. Aos quatro minutos do segundo tempo, no entanto, o goleiro do Bilbao contou com grande ajuda de sua defesa, que impediu a finalização merengue depois de Higuaín quase marcar. Na cobrança de escanteio, porém, Cristiano Ronaldo acertou uma cabeçada sem chances e ampliou.
A tarefa dos merengues ficou ainda mais fácil depois que Javi Martínez foi expulso, aos 27 minutos, ao receber o segundo cartão amarelo. Mourinho pôs Benzema, Granero e Marcelo. E o tempo passou voando, até mesmo quando Cristiano Ronaldo perdeu um gol sozinho, nos acréscimos. Pouco importava. O Real Madrid se sagrava ali campeão espanhol pela primeira vez desde2007/2008

Boca Juniors vençe o Unión Española e se classifica para as quartas de finais da Libertadores 2012

Um gol do ex-corintiano Santiago "El Tanque" Silva aos 44 do segundo tempo garantiu ao Boca Juniors uma sofrida vitória sobre o Unión Española, nesta quarta-feira, na Bombonera. O time argentino triunfou pelo placar de 2 a 1. Riquelme havia aberto o marcador a favor dos xeneizes, enquanto Jaime anotou o gol da equipe chilena.
Com o resultado, o Boca Juniors se classifica às quartas de final da Taça Libertadores se ao menos empatar o jogo de volta, na próxima quarta-feira, em Santiago. O Unión Española fica com a vaga se vencer por dois ou mais gols ou se triunfar por 1 a 0 (gol fora de casa é critério para desempate). O placar de 2 a 1 a favor dos chilenos leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outra vitória do Unión Española por um gol de diferença favorece o Boca. O vencedor deste confronto vai encarar o sobrevivente do duelo brasileiro entre Fluminense e Internacional.
O jogo começou na Bombonera com o Boca empolgado, buscando o ataque. O Unión Española, entretanto, não abdicou das jogadas ofensivas e deu trabalho com bolas levantadas no meio da zaga xeneíze. Os chilenos tiveram a primeira boa chance do jogo, quando Herrera subiu livre na área e cabeceou exatamente em cima do goleiro Orión.
Aos 24, entretanto, foi o Boca que abriu o placar. Ledesma fez uma inversão de jogo e achou Clemente Rodríguez livre na ponta esquerda. O lateral ajeitou para Riquelme, que vinha de trás. O craque bateu de forma esquisita na bola, e ela chegou até Cvitanich no meio da área. O jogador ajeitou com açúcar de volta para Riquelme, que bateu cruzado, de canhota, para fazer 1 a 0 Boca.
O jogo seguiu com o time da casa com mais volume, mas os visitantes continuaram dando trabalho. Jaime, em jogada idêntica à de Herrera, teve a chance de cabeça, mas a bola saiu raspando o poste direito de Orión.
Ainda antes do intervalo, o Boca teve a chance de ampliar com Erviti, mas o goleiro Lobos fez um milagre e salvou o Unión Española. A nota ruim para os donos da casa foi a lesão de Ledesma, até ali um dos melhores do time, pouco antes do fim do primeiro tempo. O meia levou uma entrada dura de Ampuero e teve de dar lugar a Rivero.
Na etapa final, o jogo caiu de ritmo e se arrastou sem grandes jogadas de perigo. Aos 27, em lance despretensioso, os visitantes empataram. Após chutão para a frente, Sosa tentou o corte de cabeça, mas acabou por fazer um passe perfeito para Jaime. O atacante argentino penetrou na área e bateu na saída de Orión: 1 a 1, festa do time chileno.
O gol fez o Boca acordar. O time foi para cima tentar a vitória. Erviti quase conseguiu, mas carimbou a trave. Aos 44, porém, veio o alívio. Mouche iniciou jogada pelo meio, levou a bola aparentemente com mão e disparou para o ataque. Depois de tabelar, o atacante cruzou na medida para Santiago "El Tanque" Silva, que nada havia feito no jogo. O ex-corintiano subiu livre na área e testou para baixo, no canto. Festa na Bombonera.
Nos acréscimos, o zagueiro Scotti, do Unión Española, foi expulso por causa de uma entrada criminosa em Riquelme.

Neymar avisa a seus marcadores: quanto mais caçado, mais motivado

Que Neymar é o principal alvo dos marcadores adversários do Santos não é novidade para ninguém. Durante todos os jogos, o craque sofre com faltas, intimidação e xingamentos. A fórmula, porém, não tem se mostrado das mais eficientes, já que o camisa 11 tem seu melhor início de ano da história pelo Peixe, com 21 gols em 21 jogos.
O jogador alerta os zagueiros de todas as equipes: quanto mais tentarem intimidá-lo dentro de campo, maior será a motivação.
- É pior para alguém querer xingar e intimidar, porque o cara vai ficar p... e vai querer "deitar". Se eu fosse marcador, eu nunca falaria isso para o Ganso. Se não, ele vai querer me dar caneta e chapéu, como todo jogador de grande habilidade. Não faria isso. Já me deram soco, tapa, xingaram de tudo. Mas é a pior coisa que o cara pode fazer. Para mim, é melhor. Para ele, pior - avisou, em entrevista coletiva desta quarta-feira, no CT Rei Pelé.
E ai de quem ofender Nadine, mãe do atacante.
- É só não irritar. Se xingar a minha mãe, ferrou. Você deixa xingar a sua mãe? Fica bravo, né? Então, eu também (risos) - disse o atleta, enquanto respondia pergunta sobre como marcá-lo.

Na última partida do Peixe contra o São Paulo, na semifinal do Paulistão, por exemplo, Neymar teve embate com o lateral-direito paraguaio Piris, em quem aplicou uma sequência de dribles até sofrer falta. Depois, já no fim da partida, o craque ainda conseguiu cavar a expulsão de Cícero.
Com duelo programado contra Domingos, ex-zagueiro do Santos e atualmente no Guarani, neste domingo, pela partida de ida das finais do Campeonato Paulista, às 16h, no Morumbi, o adversário já tem uma "dica" a mais para tentar parar Neymar. A missão quase impossível pode se tornar mais fácil, se ele não deixar o craque irritado.

Sem diálogo e com SMS, Deivid sente falta de dirigente: 'Para ter comando'

Joel Santana não aparece em campo. O clube segue em busca de um diretor executivo. E nos últimos dias nenhum dirigente tem acompanhado os treinamentos no Ninho do Urubu. Deivid revelou que, desde a eliminação na semifinal para o Vasco, o treinador ainda não conversou com o grupo e destacou que a ausência de um homem forte no futebol é prejudicial e faz com que alguns jogadores tenham que mandar mensagem diretamente para a presidente Patricia Amorim para resolver problemas.
- Todo clube tem que ter um diretor, até para resolver as situações do centro de treinamento. Lógico que a gente sente falta, passa uma mensagem para presidente. Quando não tem um diretor, tem que passar direto para ela, que tem que resolver um monte de coisas no clube. É o que o grupo pensa. Mas deixamos para a Patricia, ela é ciente disso. Que precisa, precisa. Precisa para ter aquele diálogo, até para a gente ter um comando aqui dentro, conversar, conversa de futebol, o que precisa, para trabalharmos juntos - afirmou Deivid.

O clube espera anunciar em breve o novo diretor-executivo do futebol do clube. O prazo dado pela diretoria foi até esta quarta-feira, mas o prazo será estendido. O vice Paulo César Coutinho não tem aparecido no centro de treinamento, mas se colocou à disposição para resolver eventuais problemas.
- É a opinião do Deivid, que pode ficar chateado. Mas os jogadores podem me solicitar, estou sempre à disposição. Eles pegaram o hábito de falar diretamente com a Patricia, pois ela acumulava as funções. Com a contratação de um diretor, espero que isso deixe de ocorrer. Nos últimos dias não estive no Ninho, mas trabalhei na Gávea para resolver outras questões - afirmou Coutinho.
Mesmo sem alimentar polêmica, o vice de futebol deu uma leve alfinetada:
- Vamos ter um diretor com perfil de disciplinar, não sei se é isso que ele (Deivid) está pensando.
Coutinho, que esperava anunciar o novo homem forte de futebol nesta quarta, não estipulou prazo para o acerto. Além de Luiz Henrique e Zinho, um terceiro dirigente que não teve seu nome revelado também está em pauta.
- Estamos estudando três nomes. Não adianta fazer as coisas com pressa. A pressa é inimiga da perfeição.
 
O silêncio de Joel Santana
Deivid revelou também que Joel ainda não conversou com o grupo sobre os problemas na temporada.
- Ele ainda não conversou com a gente, não tem falado nada. Mas ele vai falar, erros nós tivemos - afirmou o atacante, que também comentou o fato de Joel não ir a campo desde a véspera da semifinal da Taça Rio, contra o Vasco.
- Na Europa, isso é normal, quem dá o treino é auxiliar. No Brasil, nunca tinha visto isso, mas acho que é por a gente estar treinando a parte física e ele não tem o que fazer em campo. Tenho certeza que lá dentro ele está vendo vídeos.
Sobrou para Deivid passar pela sabatina dos jornalistas, já que Ronaldinho Gaúcho não concede coletiva e Vagner Love também não tem se colocado à disposição para as entrevistas.

Com pênaltis polêmicos e golaço, Messi supera recorde, e Barça goleia

Lionel Messi chegou aos 68 gols na temporada 2011/2012 e superou marca de Gerd.MülleMessi faz três e atinge marca histórica em vitória do Barça, que pode ver Real campeão ainda hoje.Com três gols do argentino Lionel Messi e que lhe renderam recorde, o Barcelona goleou o Málaga, por 4 a 1, nesta quarta-feira, no estádio Camp Nou, e ainda tem remotas chances de conquistar o título do Campeonato Espanhol.

Com o resultado, a equipe catalã foi a 87 pontos, quatro a menos do que o líder Real Madrid, que ainda hoje visita o Athletic Bilbao. Mas basta apenas uma vitória nesta partida para o clube da capital comemorar o título. Restam ainda duas rodadas para o fim da competição.
Um tropeço hoje contra o Málaga já poderia gerar uma festa antecipada do Real e a conquista do título antes mesmo de entrar em campo. A coroação, no entanto, parece só questão de tempo.
 Maior vencedor da história do Espanhol, o time da capital não conquista o campeonato desde a temporada 2007/08. O Barcelona é atual tricampeão.
O Barça, se não levar o Nacional, só pode conquistar este ano a Copa do Rei, em que fará final contra o Athletic Bilbao.

Os três gols de Messi o deixam com 68 na temporada, um a mais do que o alemão Gerd Mueller na temporada 1972/73 pelo Bayern de Munique. A marca do argentino é a maior já atingida por um jogador em uma mesma temporada.
O time da casa abriu o placar aos 13min. Depois de escanteio cobrado da direita, Messi passou para Iniesta, que, da entrada da área, tocou para Puyol finalizar: 1 a 0.
O Barça teve boas oportunidades para ampliar, mas acabou levando o gol de empate em um dos poucos contra-ataques do Málaga. Aos 25min, Jesús Gámez cruzou da direita, e Rondón se antecipou a Puyol para mandar para o fundo do gol.
Mas ámez, que deu assistência para o empate, derrubou Iniesta na área, aos 33min, e o árbitro assinalou pênalti. Messi cobrou e virou.
Na segunda etapa, Messi ainda fez outros dois, aos 13min, também de pênalti, e aos 18min, em um belo gol. Ele tirou Demichelis da jogada, tocou sutil por cima do goleiro Kameni na entrada da área e, sozinho, empurrou a bola para o fundo das redes.
 

Dessa vez não houve travessão ou Petr Cech, do Chelsea, que pudesse parar Lionel Messi. É bem verdade que dois gols foram em pênaltis polêmicos, mas o craque argentino ainda anotou uma pintura para não deixar dúvidas. Com direito a novo recorde superado, o camisa 10 ajudou o Barcelona a golear o Málaga, por 4 a 1, nesta quarta-feira, no Camp Nou, em jogo válido pela 20ª rodada do Campeonato Espanhol, forçando o rival Real Madrid a derrotar o Athletic Bilbao para se sagrar campeão antecipado.

O hat-trick levou Messi aos 68 gols em toda a temporada pela equipe do técnico Josep Guardiola, que comandou a segunda de suas cinco despedidas ao lado do auxiliar e futuro treinador Tito Vilanova. Desta forma, o atacante ultrapassou o alemão Gerd Müller, que havia marcado 67 vezes pelo Bayern de Munique na temporada 1972/1973. No Espanhol, ele tem 46 gols, três a mais que o português Cristiano Ronaldo, e ainda jogará mais três vezes: duas pela liga e outra pela final da Copa do Rei, contra o Athletic Bilbao.

Além de Messi, o zagueiro Puyol também deixou o seu pelos mandantes, vice-líderes e que somam 87 pontos, quatro a menos do que o Real Madrid. Vale ressaltar, no entanto, que o time merengue precisa apenas de mais uma vitória para se sagrar campeão - o primeiro adversário é o Athletic Bilbao, ainda nesta quarta-feira, em San Mamés. O atacante Rondón descontou para os visitantes, que permaneceram com 55 pontos, na quarta colocação.
Apesar de o confronto sugerir uma certa dificuldade, o Barça não encontrou muitos problemas para conhecer o seu 27º triunfo na competição. Aos 13, pouco depois de sofrer uma bola na trave em falta cobrada por Duda, o time da casa abriu o placar: Messi ligou Iniesta, que cruzou da direita para Puyol completar.
O Málaga chegou a empatar, com Rondón, de cabeça, aos 26, mas sofreu o segundo aos 35: Iniesta avançou com a bola e sofreu a falta - a dúvida é se ela aconteceu dentro ou fora da área. Messi se encarregou da cobrança e fez.
Novo pênalti marcado a favor do Barcelona causou dúvidas aos 14 da etapa final, quando Messi dividiu com Duda e caiu. O argentino não ligou para os protestos dos visitantes e anotou o segundo. O terceiro, porém, não deixou contestações: aos 19, ele foi lançado por Iniesta e, sozinho, se livrou do goleiro Kameni com um balão para se consagrar mais uma vez.